Circula na internet:
DUAS CARAS: aquela pessoa que, na sua frente, representa o papel inverso do que
realmente sente a seu respeito. Aquele pretenso amigo, que lhe quer mal, mas não tem
coragem suficiente de assumir. Aquela figura que, um dia, disse ter-lhe amado, porém
agora não passa de uma severa detratora, escalando todas as barreiras do ódio para atingi-
lo. Nem bipolar, nem desvio de personalidade, mas puro mau-caratismo. É o ser que ousa
beijá-lo, mas destila veneno por todos os poros, buscando afogá-lo em lamúrias e súplicas.
Ah, esse conhecido duas caras... Tem imenso prazer em lhe gerar remorso, passando-se por
vítima e dando-lhe o estigma de algoz. Sua falsidade é de contorno perfeito, a ponto de
terceiros dele sentirem pena.
O seu abraço não é apertado, mas dói, pois a alma sente a
traição de seus gestos. Esses seres rodam o mundo à procura de vítimas, pois não sossegam
enquanto delas não se alimentam. O conforto é que, acima de tudo, encontra-se a Justiça
Divina, que jamais falha e, penso, nunca tarda. Quem já não se deparou com o duas caras
em seu caminho ou sentiu seus efeitos? Encontrá-lo, detectando a sua má intenção é uma
arte, que depende de prática e vontade. Mas plenamente possível, bastando que vibremos
o oposto em nosso coração. E a sua máscara vai ao chão.
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